segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

30.XII

[Orig. 31.Dez.2008]Com Lucas somos convidados a entrar na sinagoga de Nazaré onde um homem de nome Jesus, de Nazaré, se levanta. Vai ler uma passagem do profeta Isaias (Is 61,1-2), na qual se apresenta a sua vocação (Lc 4,16-21). Neste texto encontramos uma frase significativa: o profeta é chamado «a proclamar um Ano de Graça da parte do Senhor» (Lc 4, 19).

Este «ano de Graça» ou «ano favorável» corresponde a uma tradição muito presente no povo bíblico e no Antigo Testamento: seria um ano jubilar, de sete em sete anos e, mais tarde, de 50 em 50 anos (7x7=49), no qual se procuraria viver o mais possível essa Terra Prometida como Dom de Deus; os escravos seriam libertos, as dividas perdoadas, as terras redistribuídas… (Lv 25,8). Como foi um sonho nunca plenamente realizado, os profetas atiram-no para a chegada do Messias que instauraria a Paz, o Shalom de justiça e prosperidade…

Mas o que é significativo no texto de Lucas é que encontramos Jesus a dizer, e Lucas e nós com ele, numa frase inédita: «Cumpriu-se hoje esta passagem da Escritura, que acabais de ouvir.» Hoje… Cumpriu-se Hoje… Este Ano prometido, esperado, ansiado… Jesus tem a ousadia de o proclamar como inaugurado. É significativo que este episódio marque o começo, no Evangelho de Lucas, da actuação de Jesus: com a sua vida, a sua missão que vai agora começar, está a inaugurar-se este Ano de Graça e Plenitude…

Por isso a vida de Jesus é marcada pelo carácter de Boa-Noticia: terminaram os tempos da espera e da dúvida, chegou a Salvação prometida por Deus. Deus está do nosso lado, Deus está a nosso favor, Deus faz-se presente e próximo. De novo encontramos em Isaias uma bela passagem sobre o Evangelizador, o que narra e proclama uma Boa-Noticia: «Que formosos são sobre os montes os pés do mensageiro que anuncia a paz, que apregoa a boa-nova, e que proclama a salvação! Que diz a Sião: «O teu Deus é Rei!» (Is 52,7). E encontramos na primeira frase que sai da boca de Jesus no Evangelho de Marcos: «Cumpriu-se o Tempo e o Reino de Deus está próximo: arrependei-vos e acreditai no Evangelho.» (Mc 1,15)

Parece que temos uma Boa-Noticia em mãos, de um Hoje da Salvação, de um Ano de Graça que parece que já está inaugurado. Aos coríntios, Paulo lança este apelo à Reconciliação com uma frase também inédita: «Como seus colaboradores, exortamo-vos a não receber em vão a graça de Deus. Pois Ele diz: No tempo favorável, ouvi-te e, no dia da salvação, vim em teu auxílio. É este o Tempo favorável, é este o dia da Salvação.» (2Cor 6,1). É este o Tempo Favorável…

Paulo tem no olhar, no horizonte, esse Acontecimento que é a Ressurreição de Jesus, Jesus, o Filho, a Graça do Pai. Por isso proclamará com extrema densidade um texto marcante: «Mas, quando chegou a Plenitude do Tempo, Deus enviou o seu Filho, nascido de uma mulher, nascido sob o domínio da Lei, para resgatar os que se encontravam sob o domínio da Lei, a fim de recebermos a adopção de filhos. E, porque sois filhos, Deus enviou aos nossos corações o Espírito do seu Filho, que clama: "Abbá! - Pai!" Deste modo, já não és escravo, mas filho; e, se és filho, és também herdeiro, por graça de Deus» (Gal 4,4-6). Então, a Salvação que nos é preparada, inaugurada em Jesus e pelo Dom do seu Espírito é esta Filiação que nos torna Herdeiros: «Ora, se somos filhos de Deus, somos também herdeiros: herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo» (Rom 8,17). Herdeiros do que Deus tem para nos dar: a sua Vida, o seu Amor, a sua Salvação que se torna Ressurreição.

É aqui que prossegue o sonho de Isaías: com a chegada do Eleito, do Emanuel, «Connosco Deus», seria a Paz Universal, Paz que é sempre sinónimo de felicidade, justiça, prosperidade, libertação, cura… O seu Sonho é já um Dom de Deus: «Porque a bota que pisa o solo com arrogância e a capa empapada em sangue serão queimadas e serão pasto das chamas. Porquanto um Menino nasceu para nós, um Filho nos foi dado; tem a soberania sobre os seus ombros, e o seu nome é: Conselheiro-Admirável, Deus herói, Pai-Eterno, Príncipe da paz. Dilatará o seu domínio com uma paz sem limites, sobre o trono de David e sobre o seu reino. Ele o estabelecerá e o consolidará com o direito e com a justiça, desde agora e para sempre. Assim fará o amor ardente do Senhor do universo» (Is 9,4-6).

Esta Paz, sonhada por Isaias, é já um dom celebrado e proclamado por Paulo, um Dom que toca acolher e construir; é uma Nova Humanidade, um Homem Novo: «Ele é a nossa Paz, Ele que, dos dois povos, fez um só e destruiu o muro de separação, a inimizade: na sua carne, anulou a lei, que contém os mandamentos em forma de prescrições, para, a partir do judeu e do pagão, criar em si próprio um só Homem Novo, fazendo a paz, e para os reconciliar com Deus, num só Corpo, por meio da cruz, matando assim a inimizade. E, na sua vinda, anunciou a paz a vós que estáveis longe e paz àqueles que estavam perto. Porque, é por Ele que uns e outros, num só Espírito, temos acesso ao Pai» (Ef 2,14-18).
Porque é no mesmo Espírito do Ressuscitado que somos abraçado pelo Amor do Pai, tornando-nos a todos filhos. E Filhos apesar de todas as diferenças e separações; porquê? Porque «não há judeu nem grego; não há escravo nem livre; não há homem e mulher, porque todos sois um só em Cristo Jesus» (Gal 3,28). Assim é possível a Paz…

E para Paulo, a marca que distingue os discípulos, o grande Dom que o Espírito faz acontecer no crente, é a Liberdade: «Irmãos, de facto, foi para a liberdade que vós fostes chamados» (Gal 5,13). Liberdade de tudo o que conseguimos inventar para nos separar e bloquear no Amor. É essa Liberdade que toda a Criação é chamada, a Liberdade de Filhos: «Toda a Criação anseia alcançar a gloriosa liberdade dos Filhos de Deus» (Rom 8,21). É essa Liberdade que é Dom do Ressuscitado, Dom do Filho no qual somos filhos, Ele que é a nossa Páscoa (1Cor 5,7): «Se o Filho vos libertar, sereis verdadeiramente livres» (Jo 8,36). Por isso, como discípulos guiados pelo Espírito da Liberdade, tornamo-nos mediação de libertação nos sinais da presença e da dinâmica do Reino: «a libertar os oprimidos» (Lc 4,18).

Desejo-te um bom ano, amigo! Que ele seja, na tua vida e neste mundo ainda a viver as «dores de parto» de um Homem Novo a nascer no meio de rupturas, egoísmos e morte, um ano de Graça, de Esperança e de Consolação. Da Liberdade e da Paz dos Filhos que o Pai, desde o Ressuscitado e o seu Espírito, não deixa de nos fazer nascer.

sexta-feira, 7 de junho de 2013

07.06

[Lucas 15]

«Um sai de casa, outro recusa entrar. Um passou fome, o outro não quer comer. Um rompe com o pai, o outro nunca foi filho no seu coração. Agora, nem o irmão é irmão (Lc 15, 29-30). Que faz o pai? O pai vai ao encontro de um e de outro. O pai é inalterável. Nada o pode impedir que ame, que faça viver e ressuscite os seus filhos. "Mas tudo o que é meu é teu." Ambos ressuscitam a partir do amor do pai, que não vacilou nunca. "O meu filho estava morto e agora vive". É do acesso à vida que se trata. Ser filho é poder entrar plenamente no dom da vida do pai. 

Os fariseus dizem ser filhos de Abraão e herdeiros da promessa, mas a sua atitude mostra o contrário: são conservadores da herança. São os censores da transgressão da lei. Julgam saber e ser os únicos a saber e por isso exprimem-se segundo o modo do murmúrio (certeza não interpretável). Parece que para ser filho é preciso usar a herança, mesmo ao risco de a esgotar ou perder e, a partir daí, dar sentido a esta perda. O estado de pecador reconhecido permite ao mais novo perceber que o dom do pai é permanente e sempre renovado. Este estado de não saber é aquele em que nos introduz a parábola.

Porque é que Jesus conta esta parábola? Para responder a quem julga pecaminoso o seu comportamento com os pecadores. Os escribas e fariseus podem dizer de Jesus: tu és como esse vagabundo, um filho pródigo. O leitor sabe que este é o caminho de Deus. Aos olhos da Lei Jesus é como o filho errante, perdido. Aos olhos de Deus é o Filho amado, obediente, que nos faz conhecer o coração de Deus.

É este traço que encanta Lucas. Já no Baptismo o vê assim: descer às mesmas águas que os pecadores. Estes notáveis não conhecem Deus, mesmo se se gabam de lhe obedecer em tudo, e é nisso que se parecem com o filho mais velho que desconhece o pai que tem, apesar de viver com ele toda a vida. Eles puseram a Lei no lugar do Pai: nenhum espaço para o amor, a gratuidade, a liberdade. Murmurais contra o banquete, em cólera, desprezais o mais novo que identifica com os pecadores.

Jesus não é o filho mais novo, mas o Primogénito. Ser Filho é para Jesus fazer o contrário do que faz o mais velho, na parábola, para quem o pai é o patrão. Jesus conhece o Pai. Por isso é fraternal. Se nos afastamos para os caminhos da perdição ele virá buscar-nos. É o que faz a Zaqueu. Jesus vai afastar-se, sim. O filho mais novo anunciava a Páscoa. O calvário vai ficar no cruzamento de todos os caminhos de perdição, de morte. Jesus será colocado ao lado dos sem fé nem lei (22,37). Eu sou um só com os perdidos. Há um eco de Páscoa no grito de festa do Pai. "O meu filho estava morto e agora vive" (25,5.23). Ele é o pastor das ovelhas perdidas. No Calvário ele é um e outro destes filhos da parábola. O que mostra que estes exemplos foram escritos à luz da Páscoa.

É para lá que vamos, passando este deserto ou este calvário. Nós somos simultaneamente o filho mais novo e o filho mais velho. Só Deus é inalterável. Só o amor resiste à impaciência e à morte.»

José A. Mourão, «Quem Vigia o Vento não Semeia», Lisboa 2011

terça-feira, 2 de abril de 2013

José A. Pagola, «Não podeis servir a Deus e ao dinheiro»

Para quem não tiver muitas dificuldades com o castelhano, aqui fica uma boa proposta: uma conferência de José A. Pagola «Não podeis servir a Deus e ao dinheiro», no 32º congresso de teologia em Madrid, Setembro de 2012. Entretanto já foi publicada a conferência, na editora PPC. Um grande abraço!




sábado, 9 de fevereiro de 2013

09.02


Já não entrava na casa há algum tempo - há bastante. Estava fechada, com todos os sinais de abandono: muito pó nos móveis e no chão, algumas traves caídas, lençóis a cobrir os sofás, uma escuridão absoluta... já mal me lembrava onde tinha a chave da casa, tive de a procurar bem...

Duas ideias fizeram-me regressar à casa, duas frases: uma, do redentorista Bernhard Häring (na imagem) a explicar que, quando Jesus anuncia - como o mensageiro das boas notícias de Isaías 52,7 - «cumpriu-se o tempo e o Reino de Deus está proximo: convertei-vos e acreditai no Evangelho», o termo «convertei-vos», mais do que arrependimento e penitência - que também o é - remete para o oráculo de Ezequeil 36,26: «Dar-vos-ei um coração novo e introduzirei em vós um espírito novo: arrancarei do vosso peito o coração de pedra e vos darei um coração de carne.» Um coração novo, um espírito novo - é esse o verdadeiro significado de conversão.

Outra ideia, foi-me transmitida pelo meu amigo Gustavo. Jesus poderia ter anunciado um reino novo declarando o fim dos governos de então, o de Roma e o de Jerusalém, o fim do regime, a mudança dos senhores. Poderia ter anunciado isso - e a multidão teria acorrido a Ele gritando «Hossana, bendito o que vem em nome do nosso pai David», como o fizeram mesmo. Poderia tê-lo feito. Mas não o fez.
 
Em vez disso, seguiu os passos do seu mestre João Baptista, anunciando que a mudança, a conversão, passa por todos, e que ninguém pode dizer que é filho de Abraão - contando estar seguro. Todos são «despertos»: «o que havemos nós de fazer?», perguntavam a João nas águas do Jordão. Todos: até soldados e cobradores de impostos (Lc 3,7-14).
 
Ele seguiu os passos: anunciou um Reino novo, mas no qual todos temos de dar a outra face, de caminhar mais uma milha, de aceitar nas nossas sinagogas os possuidos, de ver entrar à nossa frente as prostitutas e cobradores de impostos, de perceber que temos de pagar o tributo a César porque não nos conseguimos livrar das moedas com a sua imagem. Anunciou que o Reino acontecia deste modo - e a multidão gritou «crucifica-o».
 
Recebi estas duas ideias, e fizeram-me voltar àquela casa, há algum tempo solitária. Cheguei, e percebi que teria muito a arrumar, muitas janelas a abrir, muito a reconstruir. E agradeci pelo dom dos dias.
 
 
 

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Convite


Olá Amigos! Gostaria de vos deixar aqui um convite. Grande Abraço!


domingo, 25 de dezembro de 2011

25.12


No princípio era o Verbo
e o Verbo estava com Deus
e o Verbo era Deus.
No princípio, Ele estava com Deus.

Tudo se fez por meio d’Ele e sem Ele nada foi feito.
N’Ele estava a vida e a vida era a luz dos homens.
A luz brilha nas trevas e as trevas não a receberam.

Apareceu um homem enviado por Deus, chamado João.
Veio como testemunha, para dar testemunho da luz,
a fim de que todos acreditassem por meio dele.
Ele não era a luz, mas veio para dar testemunho da luz.

O Verbo era a luz verdadeira,
que, vindo ao mundo, ilumina todo o homem.
Estava no mundo e o mundo, que foi feito por Ele, não O conheceu.
Veio para o que era seu e os seus não O receberam.

Mas àqueles que O receberam e acreditaram no seu nome,
deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus.
Estes não nasceram do sangue, nem da vontade da carne,
nem da vontade do homem, mas de Deus.

E o Verbo fez-Se carne e habitou entre nós.
Nós vimos a sua glória, glória que Lhe vem do Pai como Filho Unigénito,
cheio de graça e de verdade.

João dá testemunho d’Ele, exclamando: «É deste que eu dizia:
‘O que vem depois de mim passou à minha frente, porque existia antes de mim’».

Na verdade, foi da sua plenitude
que todos nós recebemos graça sobre graça.
Porque, se a Lei foi dada por meio de Moisés,
a graça e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo.

A Deus, nunca ninguém O viu.
O Filho Unigénito, que está no seio do Pai, é que O deu a conhecer.
João 1,1-18





Enquanto a chuva
Escorrer da minha vidraça
E furar o telhado
Daquele farrapo de homem que além passa;

Enquanto o pão
Não entrar com a justiça
Lado a lado
Mão a mão;

Nem Jesus vem
Andar pelos caminhos onde os outros vão.

Um dia
Quando for Natal
(E já não for Dezembro),
E o mundo for o espaço
Onde cabe
Um só abraço

Então
Jesus virá
E será
À flor de tudo
O Redentor
Universal.

(Quando o Homem quiser
Será Natal).

Manuel Sérgio, Natal

domingo, 18 de dezembro de 2011

18.12

Naquele tempo, 
o Anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galileia chamada Nazaré, 
a uma Virgem desposada com um homem chamado José, 
que era descendente de David
O nome da Virgem era Maria. 

Tendo entrado onde ela estava, disse o Anjo: 
«Ave, cheia de graça, o Senhor está contigo». 
Ela ficou perturbada com estas palavras e pensava que saudação seria aquela. 

Disse-lhe o Anjo: 
«Não temas, Maria, porque encontraste graça diante de Deus. 
Conceberás e darás à luz um Filho, a quem porás o nome de Jesus
Ele será grande e chamar-Se-á Filho do Altíssimo
O Senhor Deus Lhe dará o trono de seu pai David
reinará eternamente sobre a casa de Jacob 
e o seu reinado não terá fim». 

Maria disse ao Anjo: 
«Como será isto, se eu não conheço homem?». 

O Anjo respondeu-lhe: 
«O Espírito Santo virá sobre ti 
e a força do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra. 
Por isso o Santo que vai nascer será chamado Filho de Deus

E a tua parenta Isabel concebeu também um filho na sua velhice 
e este é o sexto mês daquela a quem chamavam estéril; 
porque a Deus nada é impossível». 
Maria disse então: «Eis a escrava do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra». 

Lucas 1, 26-38

A Anunciação, icone russo do séc.XII: repare-se como as figuras do Anjo e de Maria
parecem falar directamente para o crente.




Porque não se trata apenas do nascimento de Jesus de Nazaré:
só isso já seria um acontecimento digno de festa e de alegria,
porque não é todos os dias que nasce um Homem como este.
Mesmo que tudo tivesse terminado naquela Cruz numa sexta-feira,
fora das muralhas de Jerusalém (Heb 13,12), sofrendo a maldição da lei (Gal 3,13),
de todas as nossas leis e lógicas capazes de julgar mas não de curar,
e deixado por todos os discípulos (Mc 14,50),
mesmo que tudo tivesse terminado por aí,
já teria valido a pena ter nascido um Homem como este.

Mas, como pressentem bem os discípulos de Emaús
de que, depois de uma história como esta, alguma coisa não está bem (Lc 24,21ss),
um Homem assim representa muito mais
do que Ele mesmo, ou Ele apenas.
«Ele será Grande», diz o Enviado, o Evangelista a Maria,
e com Maria, a cada um de nós.
«Ele será Grande». Grande, porque Maior do que Ele próprio.
Grande, porque Filho. Um Filho Amado (Mc 1,11).

E assim, neste Natal,
celebrando a Vida de um Homem como Jesus, de Nazaré,
é a Vida e o Sonho de uma Nova Humanidade, uma Nova Criação (2Cor 5,17),
uma Humanidade Reconciliada, Amada, Fraterna, Salva.
Porque Grande é o Mistério da vida de um Homem que,
por dar, entregar a sua Vida, do princípio ao fim (Jo 15,13),
se torna uma Vida maior do que ela mesma,
se torna a Vida de uma Humanidade Nova.


Um abraço grande!