terça-feira, 25 de setembro de 2007

descobrir um Abbá é descobrimo-nos... como filhos! (Daaahhh!)


Ora bem, se vós, sendo maus, sabeis dar coisas boas aos vossos filhos, quanto mais o vosso Pai que está no Céu dará coisas boas àqueles que lhas pedirem. (Mt 7, 11)
Descobrir com Jesus o Rosto de Deus como Pai possibilita uma experiencia, uma relação pessoal: tratar o Pai por Tu, como Jesus o fazia, chamando-lhe Abbá.

Descobrir a Deus como Pai, como o meu Abbá, provoca uma transformação radical: descubro um Pai, um Pai Eterno, e Pleno no Amor, na minha vida. Descubro-me como filho. Sempre. É isto que Jesus exprime: Deixai vir a mim os pequeninos; não os impeçais, pois deles é o Reino de Deus. Em verdade vos digo: quem não receber o Reino de Deus como um pequenino, não entrará nele. (Lc 18, 16-17). Não para nos infantilizar, mas para nunca esquecermos de viver como filhos. Descobrir um Pai que nos ama, que quer ter um papel na nossa vida, e que esse papel não é indiferente.

Olho para a minha vida e vejo-a nas suas exigencias, nas suas dificuldades e na sua grandeza. E, graças à Fé, posso descobrir um Pai. E por Ele, descubrir o Sentido, o Projecto em que faço parte e que sou eu. E descubro que não estou sozinho. Está comigo. Falo-lhe. Sou seu filho e Ele é meu Pai, como Jesus, pois partilhamos o mesmo Espírito, o seu, o Espírito Santo. E, porque sois filhos, Deus enviou aos nossos corações o Espírito do seu Filho, que clama: "Abbá! - Pai!" (Gal 4, 6).

Descobrir o Rosto de Deus é dificil. São tantas as imagens que temos dele. E depois, ninguém nos ensinou a falar com Ele, a descobrir o seu papel e a sua presença na nossa vida. E acabamos por dizer o Pai-Nosso de memória, repetido, e o Pai acaba como um ele… um sogro!

Hoje, como sempre, é dificil ser criança. Temos muito em conta os nossos direitos como homens adultos, e tratamos a Deus como… “deus” e não como Abbá! Nada lhe pedimos, porque de nada precisamos. Precisamos de redescobrir a sua Força: não é indiferente fazer-lhe os nossos pedidos, os nossos agradecimentos, descobrir o seu Amor e Projecto para nós. Abrimo-nos à sua acção. Reconhecemos a sua presença. E reconhecemo-nos como crianças, como criaturas… como filhos. A nossa visão da vida, o nosso dia-adia muda: muda a confiança, a alegria, o sentido para caminhar. Porquê? Tenho um Pai, um Abbá Eterno, que me ama. Muito, sem limites. E eu sou seu filho. Com os meus irmãos. Abbá
um grande abraço