quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Tu és...


Recebestes um Espírito que faz de vós filhos adoptivos. É por Ele que clamamos: Abbá, ó Pai! Esse mesmo Espírito dá testemunho ao nosso espírito de que somos filhos de Deus… (Rom 8, 15)

Descobrir o Rosto pessoal, livre e dinâmico do Espírito Paráclito, é recusar a ideia de um deus estático, imóvel, ausente, frio e insensível! Um deus lá longe, no seu lugar, parado… A imagem que a palavra “deus” costuma imediatamente recordar, a imagem de um ser qualquer, de uma coisa muito muito grande, ou então de um velho de barbas brancas, que já não pode mexer por causa do reumatismo! (com todo o respeito pelos reumaticos, naturalmente).

Por isso, o Espírito Paráclito em nós não nos faz clamar “ó deus” mas “Abbá-Papá”! E chamar Pai significa chamar-me filho, significa ouvir o segredar do Abbá no meu ouvido, pelo Espírito: Tu és o meu filho amado, em ti pus todo o meu agrado! (Mc 1, 11). A presença do Espírito Santo, Amor de Deus derramado nos nossos corações (Rom 5, 5), é universal. A sorte, a Graça que os discipulos de Jesus podem saborear é a consciencia dessa presença, ou seja, experiencia desse segredar do Abbá!

E um Abbá, um Pai que nos diz Tu és o meu filho amado, não só a Jesus de Nazaré, mas a todos nele e por ele, é a recusa de um deus incapaz de amar, de tomar iniciativas, de se entregar e de convidar. O Pai, que não faz acepção de pessoas (Rom 2, 11), é o Pai que só sabe ter na boca, no seu Amor eterno e pleno, esta frase: Tu és o meu filho amado, em ti pus todo o meu agrado… E não há condição nenhuma, pecado nenhuma, que a possa retirar da boca do Abbá…

É este o mistério, a experiência que Jesus descobre e convida os discípulos a descobrir, esta experiência de filhos de um Abbá, esta experiência de gente salva, recriada e transformada pelo Espírito que já está connosco, e que já não pode ir-se embora… Abbá…
um grande abraço

1 comentário:

Anónimo disse...

Obrigado por este post!
Obrigado por anunciares deste modo t�o bonito o projecto da Salva�o a acontecer no cora�o dos homens.
Mais uma vea obrigado