«Com que havemos de comparar o Reino de Deus? Ou com qual parábola o representaremos? É como um grão de mostarda que, ao ser deitado à terra, é a mais pequena de todas as sementes que existem; mas, uma vez semeado, cresce, transforma-se na maior de todas as plantas do horto e estende tanto os ramos, que as aves do céu se podem abrigar à sua sombra.» (Mc 4, 30-32)
As Parábolas que Jesus apresenta para falar do Reino de Deus não são apenas uns meios didácticos, como que pedagógicos para tornar a Mensagem mais acessível aos que o escutam; as Parábolas não são histórias de criancinhas com uma moral no fim, nem são meios para chegar a definições, conceitos ou doutrinas sobre o Reino. Não há definições, conceitos ou doutrinas sobre o Reino de Deus, porque não as encontramos em Jesus.
As Parábolas que Jesus apresenta para falar do Reino de Deus não são apenas uns meios didácticos, como que pedagógicos para tornar a Mensagem mais acessível aos que o escutam; as Parábolas não são histórias de criancinhas com uma moral no fim, nem são meios para chegar a definições, conceitos ou doutrinas sobre o Reino. Não há definições, conceitos ou doutrinas sobre o Reino de Deus, porque não as encontramos em Jesus.
As Parábolas são em si a Mensagem do Reino, possuem em si todo o seu significado e força! Parâ-boleô, palavra grega, significa atirar para junto de, aproximar: as Parábolas são em si dinâmicas, fortes, desenvolvem-se, não são teóricas e paradas como as definições – por isso chegam melhor ao Reino. E assim comprometem aqueles que as escutam – parece que Jesus está a pensar connosco, a descobrir connosco o que é, ou onde acontece este tal Reino de Deus: “com que havemos de comparar o Reino de Deus?”
Aqui compara-o com um grão, uma semente de mostarda, no seu tempo a mais pequena então conhecida, minúscula. É assim quando é semeada. Mas cresce e torna-se a maior das plantas, uma árvore capaz de abrigar as aves do céu nos seus ramos.
Sem dúvida para aqueles que o escutam, Jesus fala da fecundidade e potência deste Reino a acontecer. Para aqueles que esperavam uma manifestação potente e grandiosa do Reino Messiânico, a acção de Jesus com aqueles pescadores que o acompanhavam seria muito fraca… Para aqueles que esperavam a intervenção decisiva de Deus na história, os problemas e dificuldades do quotidiano faziam duvidar da sua Vontade… Não nos acontece hoje isso?
Aqui compara-o com um grão, uma semente de mostarda, no seu tempo a mais pequena então conhecida, minúscula. É assim quando é semeada. Mas cresce e torna-se a maior das plantas, uma árvore capaz de abrigar as aves do céu nos seus ramos.
Sem dúvida para aqueles que o escutam, Jesus fala da fecundidade e potência deste Reino a acontecer. Para aqueles que esperavam uma manifestação potente e grandiosa do Reino Messiânico, a acção de Jesus com aqueles pescadores que o acompanhavam seria muito fraca… Para aqueles que esperavam a intervenção decisiva de Deus na história, os problemas e dificuldades do quotidiano faziam duvidar da sua Vontade… Não nos acontece hoje isso?
O Reino de Deus acontece na Desproporção, na Superabundância, na Fecundidade sem medida! O Reino ultrapassa em muito todas as sementes, todos os esforços e sinais do quotidiano, tudo o que porventura nos possamos aplicar! Na lógica do Reino, que é a lógica do Amor, da Verdade e da Justiça, os frutos e os resultados surpreendem-nos sempre, na medida de 100 vezes mais! Porque todas as sementes do Reino lançadas, pequenas, simples, frágeis e invisíveis, possuem em si a força a brotar…
Não será um convite de Jesus à confiança e respeito a todos os que se dedicam à construção do Reino, seja no anúncio do Evangelho, seja na construção do Bem, da Verdade e da Justiça? “As sementes que tendes e vedes, parecem-vos pequenas? Não vos esqueçais que não são vossas, pertencem a Deus. Confiai no seu poder e fecundidade, e dedicai-vos apenas a semeá-las…”
Além disso, temos outra certeza: não que o Reino aconteça só quando a árvore surge na sua força, e que agora tenhamos de esperar com a semente… A Semente, o Grão, “o mais pequeno de todos”, esse é o Reino, também é linguagem do Reino! Ou seja: faz parte do Reino de Deus a pequenez, a simplicidade, a fragilidade, tal como faz parte a grandeza da Árvore ou Planta. Não que o Reino seja primeiro uma semente e depois uma planta: é semente e planta, acontece nessa dinâmica de simplicidade e fecundidade, de pequenez e grandeza, de fragilidade e firmeza… É a linguagem do Amor.
Não será um convite de Jesus à confiança e respeito a todos os que se dedicam à construção do Reino, seja no anúncio do Evangelho, seja na construção do Bem, da Verdade e da Justiça? “As sementes que tendes e vedes, parecem-vos pequenas? Não vos esqueçais que não são vossas, pertencem a Deus. Confiai no seu poder e fecundidade, e dedicai-vos apenas a semeá-las…”
Além disso, temos outra certeza: não que o Reino aconteça só quando a árvore surge na sua força, e que agora tenhamos de esperar com a semente… A Semente, o Grão, “o mais pequeno de todos”, esse é o Reino, também é linguagem do Reino! Ou seja: faz parte do Reino de Deus a pequenez, a simplicidade, a fragilidade, tal como faz parte a grandeza da Árvore ou Planta. Não que o Reino seja primeiro uma semente e depois uma planta: é semente e planta, acontece nessa dinâmica de simplicidade e fecundidade, de pequenez e grandeza, de fragilidade e firmeza… É a linguagem do Amor.
Ao mesmo tempo que nele podemos firmar e construir a nossa vida como a casa sobre a rocha, também nele vivemos quando investimos e confiamos no simples, no quotidiano, no frágil. Tenho a certeza de que Jesus estaria a dizer: “Não espereis que chegou o Reino quando virdes apenas a sua grandeza, a sua segurança, os seus frutos… o Reino está aí, entre vós e por vós, nas sementes lançadas à terra, nos sinais e gestos pequenos, frágeis, invisíveis… Procurai também aí o Reino, tende a certeza de que é aí que está presente a Graça e a Vontade do Pai… Confiai e alegrai-vos nessa presença…”
Então, o grande convite é afinal o de ver e confiar no Reino a acontecer, seja no grão pequeno a ser semeado, seja na grande árvore na qual podemos descansar…
Por fim, a linguagem do Reino tem de aplicar-se à Igreja, que deve ser, na história da Humanidade, sinal e construtora desse Reino. O Reino ultrapassa em muito o âmbito da Igreja, chega a todas as dimensões da Humanização, e por isso a sua emergência e fecundidade não podem ser medidas pelo “tamanho” da Igreja: muitas vezes os sucessos e fracassos desta não são automaticamente os sucessos e fracassos do Reino…
Então, o grande convite é afinal o de ver e confiar no Reino a acontecer, seja no grão pequeno a ser semeado, seja na grande árvore na qual podemos descansar…
Por fim, a linguagem do Reino tem de aplicar-se à Igreja, que deve ser, na história da Humanidade, sinal e construtora desse Reino. O Reino ultrapassa em muito o âmbito da Igreja, chega a todas as dimensões da Humanização, e por isso a sua emergência e fecundidade não podem ser medidas pelo “tamanho” da Igreja: muitas vezes os sucessos e fracassos desta não são automaticamente os sucessos e fracassos do Reino…
Mas a Igreja tem de ser sinal deste Reino que acontece no mais pequeno dos grãos – ou seja, talvez um pouco de simplicidade e essencialidade não lhe fizesse mal – e ser sinal da árvore que acolhe as aves nos seus ramos para descansarem, e não tanto expulsá-los ou sobrecarregá-los como tantas vezes aconteceu. «Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, que Eu hei-de aliviar-vos. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração e encontrareis descanso para o vosso espírito. Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve.» (Mt 4, 28-30)
Um grande abraço
Um grande abraço
1 comentário:
intiresno muito, obrigado
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