domingo, 27 de novembro de 2011

(I) 27.11

«Tomai cuidado, vigiai, pois não sabeis quando chegará esse momento. É como um homem que partiu de viagem: ao deixar a sua casa, delegou a autoridade nos seus servos, atribuiu a cada um a sua tarefa e ordenou ao porteiro que vigiasse. Vigiai, pois, porque não sabeis quando virá o dono da casa: se à tarde, se à meia-noite, se ao cantar o galo, se de manhãzinha; não seja que, vindo inesperadamente, vos encontre a dormir. O que vos digo a vós, digo a todos: vigiai!»
(Mc 13,33-37)


Síria, Agosto 2011

"Oh! Se rasgásseis os céus e descêsseis!", suspira e lamenta o profeta Isaías há cerca de 2500 anos. Lamenta-se no meio de situações em que "caímos como folhas secas", tal como o Evangelho falará de desmoronamentos, guerras e carestias - e para isso não precisam de inventar, pois tudo isso está aí, bem ao nosso lado. Parece mesmo que o Senhor dos servos partiu em viagem...

O que o Evangelho inventa, e isso sim é uma novidade, é a sua Vinda. Isaías dá o mote: "Mas vós descestes! Nunca os ouvidos escutaram, nem os olhos viram que um Deus, além de Vós, fizesse tanto em favor dos que n'Ele esperam. Vós saís ao encontro dos que praticam a justiça..." Perante este Deus, não só é possível, como vale a pena falar de Esperança: da sua parte só pode vir o Bom, o Belo, a Vida... a Salvação. E se os cristãos do Novo Testamento transferem esta Esperança, sem a deslocar, de Deus-Pai para Jesus de Nazaré, é porque encontram na sua Ressurreição o inaugurar desta Esperança.

Ainda é cedo para falar do Natal. Os shoppings já no S. Martinho tinham tudo preparado (como pude atestar nas semanas em que estive num a trabalhar pelos CTT). Mas ainda é cedo. É verdade que "um Menino nasceu para nós, um Filho nos foi dado" (Is 9,5), mas a seu tempo o celebraremos. Agora é tempo para a Esperança, para a procurarmos, para a escutarmos, para a descobrirmos. Porque bem precisamos dela.

Um grande abraço!

Sem comentários: