quarta-feira, 12 de setembro de 2007

2. Consagração como Aliança de Amor



Na bíblia, todos os Profetas e Servos de Deus no seio do Seu Povo se “deixam Consagrar” pelo Espírito de Deus para a Missão que Ele próprio lhes confia. Ser Consagrado e ser Ungido, na linguagem bíblica, é a mesma coisa. “O Espírito do Senhor está sobre mim! Ele me Ungiu-Consagrou e me enviou para anunciar a Boa Notícia aos pobres, enviou-me a proclamar a libertação aos presos e aos cegos a recuperação da vista, para restituir a liberdade aos cativos e para proclamar o Tempo da Graça de Deus!” (Lc 4, 18-19)

A Consagração de Jesus é o ponto de referência definitivo e absoluto da Vida Consagrada de cada Missionário Redentorista. Na medida em que nos sentimos chamados e nos disponibilizamos a ser Consagrados pelo Espírito Santo, dedicamo-nos também à causa do Reino e Consagramo-nos ao aprofundamento e anúncio do Evangelho de Jesus como Opção Fundamental da nossa Vida.
São as duas dimensões da Vida Consagrada: a Consagração como Dom e a Consagração como Tarefa.

Esta Consagração da Vida que se explicita e assume publicamente na celebração da Profissão Religiosa, é a opção por uma Vida de Aliança com Jesus Ressuscitado, no vínculo insubstituível do Espírito Santo e na confiança permanente no olhar de Deus-Pai. Ao nível da seriedade e das consequências, é o equivalente à Aliança do Matrimónio. É uma Aliança que se assume de maneira definitiva e à qual queremos permanecer fiéis “na saúde e na doença, na alegria e na tristeza, todos os dias da nossa Vida!”

Sim, a celebração da profissão Religiosa é o “Casamento” de um Missionário Redentorista. De “solteiro” temos o estado civil (e aquela parte de não termos sogra, ouvi dizer que também é fixe…) mas, na verdade, estamos chamados a viver uma Aliança de Amor permanente. Escolhemos viver este Amor de Aliança não com o jeito conjugal, mas apostólico.

É por esta Consagração da Vida ao anúncio do Evangelho de Jesus que nos tornamos Missionários Redentoristas “de corpo inteiro”. Normalmente, toda a gente dá mais importância à Ordenação, porque a figura do padre ainda está muito sacralizada na nossa cultura e mentalidade.

Mas a opção que define a Vida de um Redentorista é a Consagração ao anúncio do Evangelho que se exprime pela Profissão Religiosa. Ser Presbítero é um Ministério na Igreja, ou seja, uma forma concreta de viver essa Consagração, um modo de a exercer ao serviço de todos. Mas não é preciso ser Presbítero para ser Missionário Redentorista! Não somos clérigos, mas sim missionários.

Sem comentários: