terça-feira, 25 de março de 2008

abre-me, Senhor, os horizontes...


Faço-te hoje uma pergunta, Senhor: como partilhar com os meus irmãos o fundamental da minha vida, o fundamental do Evangelho, da Boa-Noticia, como anunciar o Reino do Pai sem utilizar as palavras Evangelho, Reino, até o teu próprio nome?

Sei, Mestre, que na tua vida e no teu anúncio, não te preocupaste em que aqueles que te escutavam fossem pessoas mais religiosas, praticassem mais o judaismo, aprendessem as verdades fundamentais da fé... Sim, fizeste um caminho de aprofundamento, nos mistérios do Reino, com os teus discípulos, como o fazes hoje comigo e com tantos irmãos... Mas, às multidões como àquelas tantas pessoas concretas de que os Evangelhos nos dão alguns exemplos, tu não os "agarravas"... Partilhavas o fundamental de uma vida em construção, e uma vida na qual o Pai está absolutamente comprometido.

Houve um tempo, e continua a haver em mim, Mestre, em que "militava" a teologia: saber os conteúdos, ter os esquemas fundamentais, preparar um sistema ou um curso... Sim, tu sabes como todas as questões me apaixonam, e gostava eu de ter maior capacidade de as aprofundar... Mas sei que não é o mais importante, ou serve para mergulhar na Consagração pelo Espírito e no serviço do Reino, que são a minha vida, ou nada.

Ajuda-me, Jesus de Nazaré, Mestre dos discípulos e missionários, a baixar todas as capas, a perder todas as escamas, e a inserir a minha vida, assim, na total nudez, no Reino do Amor do Abbá. E ajuda-me a partilhar com os meus irmãos o que significa na nossa vida o Amor, o Perdão, a Salvação do Abbá que em ti se inaugura... Ajuda-me a exercitar os "músculos" não intelectuais, aqueles emotivos, simbólicos... isso que não sei bem dizer. O que tu fazias com as pará-bolas, as aproximações a esse Mistério do Reino a acontecer aqui, na nossa vida.

um grande abraço

2 comentários:

Romeu disse...

Olá amigo,

Basta seres e viveres segundo o "ritmo" em que acreditas para dares testemunho do Evangelho ;-)

Um abraço,

Anónimo disse...

Basta testemunhares a mesma simplecidade de Jesus de Nazaré.

Rui Pedro,deixa-me dizer-te que à medida que te vou conhecendo tens-me surpreendido muito pela positiva!
Muito obrigada por ti!