quarta-feira, 30 de abril de 2008

está quase...

É isto... Sei que tenho, e quero escrever...
Não chegou ao post 100 para parar...
E estou a viver um tempo tão forte, e tão estranho...
Próximo de uma libertação, de um nascimento,
mas ainda a gemer nos gritos do homem velho...

E procuro uma imagem, para me inspirar,
e nada...
E procuro uma frase do NT, talvez de Paulo,
e nada...

E então, só me apetece dizer-te, Espírito Santo,
Paráclito, sim, Paráclito,
confiança e fortaleza de Jesus,
o meu Mestre...
Só me apetece dizer-te, meu Paráclito,
que a viagem está quase a começar...
Sim, eu sei, está prestes a arrancar,
a viagem da aventura
do Homem em construção,
do Canto Heróico do Homem Novo...

E de novo, e mais uma vez, e todos os dias,
só me apetece repetir e cantar
aquele Anúncio Pascal, sim, aquele
naquela Noite,
na qual toda a culpa é apagada
e todo o pecado é redimido,
naquela Noite onde já não se fala de pecado
porque é a Madrugada do Primeiro Dia,
o Dia da Nova Criação…

E na minha vida, Paráclito,
É essa libertação que sinto a acontecer
A romper desesperadamente, como o sol na manhã,
Todas as cadeias da noite
Não fazendo de conta,
Não passando uma esponja,
Não cantando cantigas…

Nunca houve tempo, Paráclito,
Na minha vida,
Em que sentisse tanto o peso do Maligno,
E o romper da comunhão,
E a fraqueza nos sentidos,
E o fracasso de projectos,
E o desencontro de rostos,
E a encruzilhada de caminhos e rumos…
Nunca houve tempo…

O futuro está a nascer, sim, eu sei Paráclito,
Está a nascer das lutas do presente
E das derrotas de projectos passados.
Eu sei. Esta é a Noite,
A Noite em que a Luz vence todas as trevas
A Luz da Páscoa do Senhor…

E eu aguardo, e anseio Paráclito,
Essa Madrugada do Primeiro Dia,
Em que se calhar muitas ilusões e muitas escamas caem
E nasce um Projecto, o Projecto
A que me conduzes, Paráclito, e onde me queres.
Obrigado, Paráclito dos discípulos,
Por este desabafo.

3 comentários:

Anónimo disse...

Obrigado pelo bem que este teu post me fez e pelo bem que vai fazer a muita gente!
Um abraço

Anónimo disse...

Olá Rui Pedro!
Como é bom poder ler estes teus «desabafos»!
Estamos aqui para te acompanhar nesta caminhada, em que vives «um tempo tão forte, tão estranho»...
Obrigada por o partilhares connosco!
Beijinhos grandes.

Anawîm disse...

"Esta é a Noite..."
em que sem ela não se poderia gritar de luz...

"Esta é a Noite..."
em que os Corações famintos de Deus O encontram Silencioso e sem que possamos vê-lO por estar já tão entranhadamente dentro de nós...

"Esta é a Noite..."
em que o teu Deus te deixa dar os primeiros passos, à procura dEle mesmo, só dEle mesmo apaixonadamente, e não do que Ele te possa oferecer ou garantir

"Esta é a Noite..."
em que não estás só, Rui Pedro, não estás só... embora não me conheças, estou aqui a "torcer" por ti!...

um abraço grande...